Abstract

Este artigo reconhece que nunca se falou tanto em fundamentalismo em nosso país como agora; e que o uso ampliado do conceito poucas vezes vem associado ao espectro do protestantismo definido pela hermenêutica literal das Escrituras, como nos primórdios do movimento fundamentalista. No Brasil contemporâneo, grosso modo, fundamentalista qualifica o evangélico conservador ou reacionário, quase sempre pentecostal, e com inserção na mídia e na política. Assim, é urgente que a ação de evangélicos fundamentalistas no espaço público-político brasileiro seja compreendida pelas Ciências da Religião (em diálogo com a Teologia), uma vez que coloca em questão a democracia ao transformar interesses religiosos particulares em questões de Estado e ações de governo. O objetivo deste artigo, portanto, é avaliar como o qualificativo fundamentalista associado ao nome evangélico contribui para a compreensão da eleição de Jair Bolsonaro à presidência da República em 2018, adotando como recorte o caso da promessa de mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. As conclusões alcançadas acerca das imbricações do assim chamado sionismo cristão (como um traço fundamentalista de setores evangélicos) com a eleição de Bolsonaro resultam de pesquisa bibliográfica e documental, cujos dados empíricos foram retirados do jornal Folha de S. Paulo.

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