Abstract

Nesta pesquisa, realizamos uma análise institucional cujo objetivo é problematizar as práticas formativas eclesiásticas católicas, tais como elas se apresentam nos modos de funcionamento institucional de um Seminário Católico - localizado no Estado de São Paulo - e no registro do saber eclesiástico, como produtoras de uma 'modalização' específica da subjetividade (futuros padres). Apresentamos, neste artigo, dados e análises de entrevistas semi-estruturadas com a equipe dirigente da instituição, buscando compreender as relações de formação entre padres formadores e seminaristas como um dispositivo privilegiado de constituição do Seminário como agência de produção de subjetividade. Concluímos que o Seminário investigado pode ser considerado como uma instituição tipicamente disciplinar, cujo principal mecanismo e operador microfísico é o relatório (instrumento de exame, vigilância e sanção normalizadora). Sua origem pode ser encontrada no convento católico medieval, matriz de diversas instituições totais. Sua técnica básica é o confinamento e sua lógica é totalitária e "panóptica".

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