Abstract

As intervenções com recurso à tecnologia têm mostrado ser promissoras para ultrapassar algumas barreiras de acesso aos cuidados dos sobreviventes de cancro de regiões mais isoladas. Os estudos de aceitabilidade e das preferências dos sobreviventes relativamente a estas intervenções são escassos em Portugal, e inexistente nos Açores. OBJETIVOS: Este estudo pretendeu avaliar: i) os comportamentos de procura de ajuda dos sobreviventes de cancro dos Açores e as barreiras à procura de ajuda; e ii) o grau de aceitabilidade e as preferências destes sobreviventes relativamente ao desenvolvimento, implementação e participação numa intervenção psicológica via telefone. MÉTODO: Este estudo envolveu 173 sobreviventes de cancro dos Açores, recrutados num hospital público regional, numa unidade de saúde regional e numa instituição sem fins lucrativos. Recorreu-se a um questionário construído para o efeito, sendo os dados tratados com estatística descritiva. RESULTADOS: O apoio psicológico mostrou-se um comportamento de ajuda aceitável para os sobreviventes, sendo as barreiras à procura de ajuda de índole estrutural/prática e de conhecimento as mais endossadas pelos participantes. A maioria da amostra considerou útil uma intervenção psicológica via telefone, reportando ser provável participar. As sessões com uma duração situada entre os 30 a 45 minutos e com uma periodicidade quinzenal foram os aspetos preferenciais dos participantes. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Espera-se que os resultados deste estudo possam orientar o desenvolvimento de uma intervenção via telefone que responda flexivelmente às necessidades dos sobreviventes dos Açores e facilite o suporte a prestar-lhes, integrando as suas preferências no desenho de uma intervenção desta natureza.

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