Abstract

Em 2005, o governo Lula inaugurou o Programa Universidade para Todos (Prouni), uma política de racionalização da gestão pública que serviu para estimular a formação de mão de obra qualificada para uma economia em expansão. No estudo de caso que deu origem a este artigo, desenvolvido em uma grande universidade privada de São Paulo, utilizou-se da abordagem etnográfica, onde bolsistas do Prouni, jovens alunos de cursos de tecnologia foram questionados sobre modos de vida, opiniões e expectativas sobre educação e trabalho, visões de mundo e da política em particular. Em busca de se manterem em condições competitivas no mercado de trabalho com a obtenção do diploma, entre este grupo especialmente incorporado pela reestruturação produtiva e pela alta rotatividade do mercado de trabalho, o diploma aparece como acúmulo de certificados, necessários para a fuga da “condição operária” que marcara a geração de seus pais e para o ingresso na classe média, com repercussões na maneira como se relacionam com a política.

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