Abstract

O artigo reflete sobre as formulações em torno das “epistemologias do Sul”, elaboradas pelo sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. O objetivo é esclarecer os conceitos-chave de seu pensamento atual, tais como: “linha abissal”, “sociologia das ausências”, “sociologia das emergências”, “ecologia de saberes”, “tradução intercultural” e “artesania das práticas”. O autor advoga a favor de uma “justiça cognitiva” e defende que, para a alcançar é imprescindível que haja uma reformulação das perspectivas epistemológicas ocidentalocêntricas, com vistas a incluir ontologias outras e outras formas de construção do conhecimento, não-extrativistas, anticapitalistas e antipatriarcais. Tal estratégia visa construir novas formas de se fazer ciência e contornar o epistemicídio levado à cabo pelo modelo convencional. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica nas últimas obras do autor publicadas no Brasil. Com destaque para as contribuições do livro, “O fim do império cognitivo: A afirmação das epistemologias do sul” (2022a).

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