Abstract

O estudo das prisões requer a clarificação de noções como dolo, culpa ou intenção, com que os serviços de estado trabalham; assim como estigma ou repugnância social, que as pessoas sentem. Nenhuma destas noções é de uso exclusivo do sistema penal. A crítica à teoria social de Mouzelis identifica o reducionismo e a reificação como problemas recorrentes, a resolver através da consideração mais rigorosa dos movimentos dos protagonistas no espaço-tempo, analisáveis em diferentes níveis de realidade. Este artigo mobiliza o conceito de estados de espírito como forma de seguir estas sugestões, exemplificando os seus méritos com o caso da análise social das prisões. Fá-lo recorrendo à teoria da relatividade, que previu a plasticidade do espaço-tempo a níveis de energia suficientemente elevados, prognosticando a plasticidade das estruturas, instituições e níveis de realidade sociais em função da intensidade dos agentes e da ação. O estado de espírito é uma referência à estabilidade existencial, vital e institucional, desejada e possível, embora precária e sempre a necessitar de renovação.

Highlights

  • Studying prisons claim for clarification of notions one work with

  • Résumé L’étude des prisons exige la clarification de notions telles que le dol, la culpabilité ou l’intention, avec lesquelles travaillent les services de l’Etat; ainsi que la stigmatisation ou la répugnance sociale que les gens ressentent

  • La critique de la théorie sociale de Mouzelis identifie le réductionnisme et la réification comme des problèmes récurrents à résoudre par un examen plus rigoureux des mouvements des protagonistes dans l’espace-temps, analysables à différents niveaux de réalité

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Summary

Introduction

Studying prisons claim for clarification of notions one work with. Deceit, guilt or intention are used by the criminal system. Reduzir os criminosos aos presos, e reificar a ação do sistema criminal como uma mera reação à violência de baixo para cima são processos usados pelas teorias sociais dominantes, em manifesta cumplicidade com os mecanismos de iludir os fundamentos discriminatórios dos poderes do estado.

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