Abstract

É nítido a presença do preconceito e estigma relacionados aos transtornos mentais, resultantes de uma construção histórica e cultural que perpetua a imagem da loucura até os dias de hoje. O objetivo do estudo foi analisar a percepção dos indivíduos com transtornos mentais sobre preconceito e estigma. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em uma unidade de básica de saúde do município de Guarapuava, Paraná, com 59 pessoas em uso de psicofármacos por meio de entrevistas semiestruturadas. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e maio de 2022. A análise dos dados foi conduzida conforme os passos da análise de conteúdo na modalidade temática. Verificou-se a percepção dos participantes sobre o transtorno mental no cotidiano, com a presença de desânimo, sinais e sintomas como choro, tristeza, entre outros. Além disso, pontua-se que o preconceito e estigma é vivenciado, muitas vezes, por meio de comentários associando o sofrimento mental à loucura, medo e frescura. Conclui-se que os indivíduos com transtornos mentais ainda percebem a presença do preconceito e estigma. Nota-se também, seus impactos negativos sobre a vida cotidiana desses sujeitos, podendo levar à piora do sofrimento.

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