Abstract
O debate sobre a autoficção e a noção de pós-autonomia são indicadores da relação entre ficção e realidade no romance contemporâneo. Considerando a prosa de Silviano Santiago e Ricardo Lísias, percebe-se que a ficção deixa de ser um tópico central no romance, sendo apenas um elemento entre outros em sua elaboração. A isso chamamos de textualidade coextensiva, quando se enfraquece a representação inventiva em favor da articulação de diferentes gêneros textuais na escrita romanesca. Assim, esses gêneros são ressignificados não por meio de uma ficcionalização totalizante que os abarca, mas pela atribuição do valor de obra literária por estarem circunscritos ao signo do romance. Essa indeterminação bio-ficcional da narrativa romanesca tem transformado as estratégias pelas quais o(a) escritor(a) atua no espaço público hoje, quando se relativiza a diferença entre escritor e personagem.
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