Abstract

The aim of this paper is to discuss the issue of space in the Brazilian social imagination. My working hypothesis is that the spatial images contained in some of the reflections by interpreters of Brazil, like the Amazonian writings of Euclides da Cunha and the incipient comparative sociology of Vicente Licinio Cardoso, are not related to an essentialist search for a fixed cultural identity, but to a vision of a national civilizing process that highlights the pragmatism and openness of this experience. I contend that the land, as outlined by these figures, approaches Brazilian society to other national formations - Russia and America -, thereby shaping a political sociology from the periphery.

Highlights

  • Sugiro que as alegorias espaciais produzidas possuiriam a qualidade de localizar nessas formações personagens e formas de vida dinâmicas que, diferentemente do cânone eurocêntrico, também puderam operar pontos de passagem para a modernidade

  • Max Weber (1958), em texto sobre a penetração do capitalismo no mundo rural alemão, oferece uma interpretação para o problema da terra em sociedades de modernização recente

  • (2000), Americanos: Representações da Identidade Nacional no Brasil e nos Estados Unidos

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Summary

João Marcelo Ehlert Maia

Tempo e espaço são dimensões fundamentais na imaginação humana, e guardam especial significado no Ocidente. A mobilização das crônicas dos viajantes e de outros relatos sobre o território nacional por parte desses primeiros ficcionalistas não obedeceria a uma pulsão revolucionária que partia em busca de uma experiência social mais autêntica e livre, mas sim a uma tentativa de fixar a identidade nacional como se esta fosse algo sempre presente na nossa trajetória. Como uma civilização que resistia a abandonar suas formas de vida tradicionais e extinguir seus espaços sociais diante da voracidade temporal do capitalismo racional ocidental, a Ibéria teria legado aos americanos o apreço pelos lugares, rejeitando a visão da natureza como mero vazio a ser plasmado pela ação humana. Se a leitura do territorialismo em Moraes (idem) destaca o tema da fixação de lugares sociais a partir da ação autoritária do Estado, identificando espaço e permanência, as sugestões de Werneck Vianna (1997) e Barboza Filho (2000) compõem interpretação mais matizada, apresentando uma versão do iberismo americano que associa território e invenção. Sugiro que as alegorias espaciais produzidas possuiriam a qualidade de localizar nessas formações personagens e formas de vida dinâmicas que, diferentemente do cânone eurocêntrico, também puderam operar pontos de passagem para a modernidade

AMÉRICA E RÚSSIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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