Abstract
O objetivo deste artigo foi apresentar algumas reflexões e discussões a respeito da potencialidade da prática da escrita em um contexto de privação de liberdade a partir de uma oficina educativa realizada no Centro de Ressocialização Masculino (CR) de Rio Claro. A pergunta que orientou o estudo foi: o que movimenta e o que pode a escrita na prisão? Para isso, trouxe a narração de minha trajetória como professor de Ciências da Natureza neste espaço como forma de trazer contribuições para se pensar a disciplina, a punição e o cotidiano nos espaços prisionais. Foi realizada uma contextualização do sistema prisional como local de aprisionamento da pobreza, da disciplina ostensiva e reformativa sobre o indivíduo e o lugar que o CR ocupa nesse sistema prisional. Com relação à metodologia, para uma perspectiva da escrita, há contribuições teóricas na linha de autores como Deleuze e Foucault. Criar narrativas para o que observei ao atravessar um contexto prisional, tanto como professor quanto como pesquisador, aproxima-me do método cartográfico, o qual abriu possibilidades para se pensar a relação da prática da escrita com os processos de invenções de si e resistência ao poder disciplinar em espaços de encarceramento.
Highlights
The purpose of this article was to present some reflections and discussions about the potential of the practice of writing in a context of deprivation of liberty from an educational workshop held at the Centro de Ressocialização Masculino (CR) in Rio Claro
The question that guided the study was: what moves and what can writing in prison? For this, I brought the narration of my trajectory as a professor of Natural Sciences in this space as a way to bring contributions to think about discipline, punishment and daily life in prisons
A contextualization of the prison system was carried out as a place of imprisonment of poverty, ostensive and reformative discipline over the individual and the place that the CR occupies in this prison system
Summary
The purpose of this article was to present some reflections and discussions about the potential of the practice of writing in a context of deprivation of liberty from an educational workshop held at the Centro de Ressocialização Masculino (CR) in Rio Claro. Para que a cartografia possa existir, há o trabalho do cartógrafo que, em pesquisas na área da educação, pauta-se em estar atento às potências de uma vida, por onde e como ela se faz, se desfaz e se refaz nos espaços educacionais (OLIVEIRA; PARAÍSO, 2012).
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