Abstract
Este manuscrito de Almeida Garrett (pertencente à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra), começado cerca de 1822-32 e depois retomado (e que permanece, até hoje, sobejamente desconhecido), pretende posicionar as suas lições de poesia, escritas de um modo leve e cortês dado que se destinavam a uma “jovem Senhora”, no panorama estético e crítico português. O texto está bastante incompleto e, frequentemente, nos seus primeiros estádios de desenvolvimento, mas permite-nos documentar uma grande cisão cultural – aquela responsável pela expressão da subjetividade e subsequente reconhecimento da liberdade criativa, nascida a partir do sensualismo do Iluminismo, o qual foi favorável ao amanhecer Romântico. O prazer é repetidamente invocado pelo “mestre” como padrão de vida e deleite artístico; o seu grande cúmplice é o sentimento – uma energia individual que reúne a vivacidade dos sentidos, os discernimentos da razão e os movimentos de um coração delicado, virtuoso e espiritual. Daí brota o hedonismo estético, a consciência histórica, a relatividade crítica, a falta de “regras” e a tolerância do gosto revelada pelo Liceu das Damas.
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