Abstract

Neste artigo, eu propus explicitar e justificar as relações entre Fenomenologia, Hermenêutica e Medicina do ponto de vista ético. Levando em conta os temas da enfermidade e da doença, apresento uma análise da relação entre o médico e o paciente a partir da filosofia com o escopo de justificar a postura ética do profissional da saúde. Isso será realizado, num primeiro momento, pela retomada da fascinante e pertinente reflexão de Havi Carel sobre sua leitura fenomenológica da doença à qual acrescento minha proposta de aplicação da noção de epoché husserliana à prática da medicina. A seguir, desenvolvo e sustento a leitura hermenêutico-filosófica, à esteira de Hans-Georg-Gadamer, sobre a causa da enfermidade, isto é, a doença. Proponho isto porque, à prática da epoché por parte da atividade do profissional da saúde, ela é transpassada – explícita ou implicitamente – pelo olhar interpretativo da enfermidade. Levando em conta a hipótese de William Stempsey para quem a Medicina é uma arte, no terceiro momento, proponho a justificar que a postura do médico e a do filósofo, em suas práticas profissionais – fenomenológicas e hermenêutico-filosóficas – efetivam e instituem uma arte dialógica que é, portanto, de natureza essencialmente ética.

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