Abstract

Disputas urbanas com origem em práticas musicais resultam da divergência entre as múltiplas territorialidades dos atores que ocupam o espaço público. Como se dão esses conflitos territoriais pela música tem relação direta com a forma de espacialização da atividade e material sonoro, além da relação destes com os atores que (re)produzem a prática, os atores musicais. Este trabalho se dedica a investigar as particularidades do ator musical, primeiramente o conceituando e o categorizando em indivíduo, coletivo e de representação, além de tecer entrelaces entre ele, sua identidade cultural e sua inserção histórica. Em um segundo momento, descrevem-se três possíveis formas de (re)produção sonora deste ator: acústica, eletroacústica e esquizofônica, juntamente com seus respectivos impactos na experiência musical em espaços urbanos. Por último, baseando-se em um estudo bibliográfico das disputas sônico-musicais na Pedra do Sal, na cidade do Rio de Janeiro, propõem-se outros três fatores relacionados à prática musical dos atores: a dinâmica público-privado do caminho sonoro, o objetivo da (re)produção sonora e a cadeia de atores musicais. Neste ponto, demonstra-se como os fatores propostos enriquecem a análise de paisagens sonoras urbanas nas quais a música é protagonista, e possibilitam novos caminhos para se compreender disputas ocasionadas por territorialidades sônico-musicais.

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