Abstract
O presente artigo investiga a contribuição das aulas de filosofia no Ensino Médio para a formação dos educandos como sujeitos em processo de construção de uma identidade individual. A filosofia no Ensino Médio contribui para formar sujeitos conscientes de si no espaço e no tempo, capazes de refletir criticamente sobre o contexto social no qual estão inseridos, bem como sobre as expectativas em termos de papéis fixos de gênero impostos de fora para dentro. Nesse sentido, a especificidade do saber filosófico como um exercício de pensar criticamente por meio da criação de conceitos oportuniza uma formação individual mais autêntica e autônoma. Isso justifica também a presença da filosofia como uma disciplina no Ensino Médio. A vivência pessoal do gênero é elemento central na formação da identidade, por isso, é fundamental debater esse tema junto aos alunos. Defende-se a importância de abordar questões de gênero na aula de filosofia, uma vez que se trata de uma vivência dos alunos que pode ser problematizada a fim de desnaturalizar os processos de performatividade do gênero e perceber as desigualdades que perpassam essa categoria social. Com isso, os alunos podem constituir uma identidade individual consciente e crítica da posição social que seu gênero ocupa no meio social.
Highlights
Corroborando a perspectiva de justificativa da presença filosofia no Ensino Médio apresentada por Gallo e Severino, tem-se que a relevância da disciplina nesse nível do Ensino Básico está vinculada à própria constituição dos sujeitos humanos de forma mais completa, por meio do acesso ao modo de questionar, problematizar e pensar por conceitos, específico da Filosofia, o que, por sua vez, representa para o adolescente um auxílio na sua compreensão como um sujeito consciente em processo de inserção no mundo da cultura contemporânea
O presente artigo procurou discutir as justificativas para a presença do ensino de filosofia no Ensino Médio, salientando a especificidade da filosofia como saber não contemplado em outras disciplinas curriculares do Ensino Básico, destacando seu potencial de contribuição para o processo de constituição da identidade individual
Philosophy teaching and the constitution of personal identity: Formation, autonomy and gender
Summary
Este artigo parte do problema da justificação da Filosofia como disciplina no currículo do Ensino Básico, procurando-se, para tanto, refletir acerca da função que a Filosofia pode desempenhar nesse âmbito de ensino, mormente no contexto do Ensino Médio, tendo em vista sua implementação obrigatória na forma de disciplina com a Lei n. 11.684, de 2 de junho de 20081. Este artigo parte do problema da justificação da Filosofia como disciplina no currículo do Ensino Básico, procurando-se, para tanto, refletir acerca da função que a Filosofia pode desempenhar nesse âmbito de ensino, mormente no contexto do Ensino Médio, tendo em vista sua implementação obrigatória na forma de disciplina com a Lei n. Busca-se argumentar no presente artigo que muito além da transmissão e reprodução de conteúdos centrada na História da Filosofia, a presença da disciplina no currículo do Ensino Médio pode contribuir para a formação de sujeitos conscientes do lugar que ocupam no espaço e no tempo em que se situam e no qual desenrolam suas vidas, bem como no delineamento crítico de suas próprias identidades individuais. Torna-se relevante problematizar a categoria de gênero nas aulas de filosofia para que identidades individuais não sejam prejudicadas e danificadas em meio a contextos de opressão de gênero
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