Abstract

O presente estudo se propõe a discutir o ensino e aprendizagem em educação a distância no ensino superior, a partir de uma experiência em um curso de especialização lato sensu, direcionado à formação continuada de professores, desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (2013-2014). Apresentamos e analisamos a especificidade do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica tendo em vista a perspectiva de uma EAD viva, ancorada em uma base estruturante que contém três elementos, a saber: 1) a aprendizagem é a razão de ser da escola 2) a indiscutível necessidade da prática pedagógica vinculada à gestão democrática na escola, demandando o trabalho colaborativo de seus sujeitos e, 3) a prática pedagógica é também teoria, porquanto quem a exerce é o professor-intelectual. Enfrentados os preconceitos iniciais sobre este formato de educação escolar, nos perguntamos: quais os alcances e limites verificados nesta experiência? Podemos aferir que os resultados desta experiência em educação a distância, ainda em curso, têm levado os professores-alunos a pensarem suas práticas pedagógicas em suas escolas.

Highlights

  • Sob uma orientação inicial, o chamado processo de democratização do ensino no Brasil implicou na expansão de seus níveis nos mais distantes rincões do País, a partir do princípio universal de que a todos os sujeitos são dados o acesso e a permanência à escola e ao capital escolar e cultural ali construído

  • Tais modos de entendimento da EAD apresentam duas faces: uma crítica, necessária a todas as práticas humanas, contribuindo para pensar os limites engendrados pela modalidade, e outra limitante, quando se nega a aceitar as possíveis contribuições que pode dar à atualização de professores que, sem este acesso, estariam isolados em suas unidades escolares (e, dadas as distâncias regionais do país, o problema do isolamento se acentua)

  • Entretanto é uma pena saber que, apesar de toda a institucionalização dos cursos oferecidos, os docentes das universidades ativos nesse processo não têm sua atividade reconhecida para garantir avanços na carreira

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Summary

Questões preliminares e gerais sobre educação a distância

No Brasil, a educação a distância passou a ser considerada uma modalidade de ensino da educação formal com a Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que passou a regulamentar as ações no âmbito da referida modalidade. Sob uma orientação inicial, o chamado processo de democratização do ensino no Brasil implicou na expansão de seus níveis nos mais distantes rincões do País, a partir do princípio universal de que a todos os sujeitos são (ou deveriam ser) dados o acesso e a permanência à escola e ao capital escolar e cultural ali construído. Tais modos de entendimento da EAD apresentam duas faces: uma crítica, necessária a todas as práticas humanas, contribuindo para pensar os limites engendrados pela modalidade, e outra limitante, quando se nega a aceitar as possíveis contribuições que pode dar à atualização de professores que, sem este acesso, estariam isolados em suas unidades escolares (e, dadas as distâncias regionais do país, o problema do isolamento se acentua). Então, que aqui se impõe a presença da filosofia como lugar de questionamento do existente nos seus limites e possibilidades

Considerações sobre a experiência
De uma formação que indaga sobre ambientes virtuais e presenciais
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