Abstract

Emprestando dos escritos e o estilo do Jairo Ferreira, o ensaio retoma o que já foi o exercício experimental no país e investiga o que o passado pode dizer sobre o que significa inovar no presente. O curta-metragem foi essencial para a iniciação no cinema dos grandes nomes do Cinema Novo: Cacá Diegues, Glauber Rocha, Rogério Sganzerla, Paulo César Saraceni – todos experimentaram no formato menor. Embora hoje seja ainda verdade que muitos dos novos cineastas começam fazendo carreira em festivais com filme curta, cineasta amador não é sinônimo de cineasta experimental. Os festivais de cinema do país institucionalizaram o termo “experimental” como um dos possíveis gêneros de realização de um filme. Por meio da análise de três curtas-metragens nacionais realizados entre 2010 e 2017, o ensaio busca investigar o que é realmente a atividade de cinema de invenção no Brasil hoje. São apresentadas, ainda, hipóteses sobre a intersecção das cenas de produção de filme curta e a de filme experimental como ambas práticas marginais ao grande público, que é majoritariamente alimentado pela lógica narrativo-industrial do cinema mainstream. Entre pensamentos da história das artes, a reprodutibilidade técnica e a emancipação do cinema, o ensaio traz também o debate de arte versus indústria, ou o trabalho de artistas e o de fazedores de filmes.

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