Abstract

O objetivo deste artigo é analisar a implantação da energia nuclear nos Emirados Árabes Unidos (EAU) como fonte complementar ao petróleo e ao gás natural para garantir sua segurança energética. Sem embargo, não deixamos de questionar a natureza pacífica de seu programa nuclear. Assim, embora os EAU sejam signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e do protocolo adicional da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), é aventada a hipótese de que a tecnologia nuclear possa ser empregada belicamente se o Irã dispuser de armamentos desse tipo. Tal pesquisa se justifica porque aborda o interesse emiradense em diversificar sua matriz energética para preservar as receitas obtidas pela venda do petróleo no mercado internacional, ao passo que não deixa de abordar seus interesses voltados para a defesa. O artigo é organizado em sete seções. Após a introdução, a segunda seção trata da composição da matriz energética e do consumo de hidrocarbonetos para geração de eletricidade com o intuito de atender à demanda local. A terceira trabalha o conceito de segurança energética sob o ponto de vista de países exportadores de petróleo. O uso de energia nuclear no contexto da transição energética é o tema da quarta seção. A quinta seção examina a implantação da energia nuclear nos EAU sob o ponto de vista da legalidade, considerando-se os compromissos internacionais de não proliferação assumidos pelo país. Por fim, a sexta seção deste artigo questiona o caráter pacífico do programa nuclear dos EAU, propondo um cenário no qual o Irã disporia de armas nucleares como possível justificativa para Abu Dhabi seguir o mesmo caminho. A sétima seção é a conclusão do artigo.

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