Abstract

Diante das históricas lutas dos povos negros no Brasil, ampliam-se as políticas afirmativas e as discussões sobre a urgência de uma sociedade/educação antirracista. Esse movimento encontra barreiras sistemáticas provenientes da branquitude e do racismo e, nas universidades, especificamente, elas impactam negativamente na formação de professores e profissionais da educação. Insurgindo a essa lógica, estudantes universitários do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará (UECE) aquilombaram-se em 2021, fundando o “Coletivo Mapinduzi”: um grupo de leitura de intelectuais negras, um lugar de afetos, diálogos e resistência. Assim, esse artigo tem como objetivo geral refletir sobre a construção de lugares de promoção da intelectualidade negra a partir da experiência no Coletivo Mapinduzi/ UECE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, um relato dessa experiência de aquilombamento estudantil que se fortalece na perspectiva interseccional para discutir a formação docente. Os principais achados confirmam a ausência de estudos de intelectuais negras durante a formação em Pedagogia que denunciam um currículo institucionalmente embranquecido. Destaca-se, ainda, a autonomia, ousadia, poder e experiência de vanguarda escrevivida pelo Coletivo Mapinduzi, ao criar e abrir espaço permanente para apresentar, discutir e construir o pensamento negro dentro da Universidade, acolhendo estudantes, em sua maioria, negras/os/es, desejosas/os/es por conhecer e ser intelectualidades negras.

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