Abstract

The article intends to problematize the activity of entrepreneurs in the political transition of the Brazilian civil-military dictatorship that began with the coup of 1964 to the constitutional regime established by the Constitution of 1988, emphasizing the activities of public works contractors in this process. Based on an expanded conception of the State, supported by the reflections of Antonio Gramsci, we analyze the organizational forms of these agents within the scope of civil society and theirrelationship with the agencies of the State apparatus. Based on the reading and analysis of sources of trade associations of contractors, we noticed that there is a modification of the mechanisms of individual and collective action by these entrepreneurs, who stop prioritizing the work with military officers and a direct interaction with state companies and authorities of the executive power to develop a more intense relation with political parties, parliamentary dynamics, electoral campaigns and the press in order to maintain the power and insertion in the state apparatus that these entrepreneurs reached during the dictatorial regime. Keywords: entrepreneurs, Brazilian civil-military dictatorship, public works contractors, political transition, Brazilian state.

Highlights

  • Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados

  • As primeiras organizações específicas de empreiteiros de obras públicas vieram à tona com o desenvolvimento do setor, em meio ao processo de industrialização brasileira

  • A primeira organização específica dos empresários da indústria da construção pesada foi a Associação Paulista dos Empreiteiros de Obras Públicas (Apeop), fundada em São Paulo em 1947, abrangendo exclusivamente empresas que atuavam nos empreendimentos de infraestrutura

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Summary

As origens da projeção política dos empreiteiros de obras públicas

A atuação deliberada desses empresários sobre o Estado brasileiro, apesar de assumir forma específica na transição política dos anos 1980, teve seus mecanismos assentados em estruturas e entidades organizativas dos empreiteiros que remontam a um período anterior, que antecede mesmo a ditadura inaugurada com o golpe de 1964. Já a Odebrecht era outra empresa familiar, tendo origem no Nordeste, onde as construtoras se ligaram a organismos federais com intensa atuação na região, como a Petrobrás, o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), o Banco do Nordeste (BNB), a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e a Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf ). A primeira organização específica dos empresários da indústria da construção pesada foi a Associação Paulista dos Empreiteiros de Obras Públicas (Apeop), fundada em São Paulo em 1947, abrangendo exclusivamente empresas que atuavam nos empreendimentos de infraestrutura. Apesar do pioneirismo da entidade, essa organização tinha uma atuação de alcance regional e desenvolvia atividades principalmente junto às prefeituras e ao governo do estado de São Paulo, em especial junto às agências governamentais que contratavam obras públicas, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP). Desde o período Kubitschek (1956-1961), os empreiteiros de obras públicas estavam organizados em

História Unisinos
Conexões partidárias e parlamentares dos empreiteiros
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AEERJ tentavam se vincular a figuras como o prefeito
Sinicon conseguiu criar um círculo de parlamentares que
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