Abstract
A ornitóloga alemã Emilia Snethlage (1868-1929) desenvolveu sua carreira científica no Brasil, trabalhando no Museu Paraense Emilio Goeldi e no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Um dos pontos altos da sua obra científica foi o "Catálogo das aves amazônicas", publicado em 1914. Outro foi a travessia que realizou a pé, acompanhada apenas por guias índios, entre os rios Xingu e Tapajós, em 1909, percorrendo um território até então desconhecido. A historiografia das ciências no Brasil apresenta, até agora, poucos exemplos da atuação feminina no campo das ciências naturais antes da fundação das universidades na década de 1930. A análise da trajetória de Emilia Snethlage, articulando questões de história das mulheres e o estudo das formas de inserção da cientista em redes institucionais e sociais, poderá contribuir para o melhor entendimento de campos historiográficos pouco percorridos.
Highlights
A ornitóloga alemã Emilia Snethlage (1868–1929) desenvolveu sua carreira científica no Brasil, trabalhando no Museu Paraense Emilio Goeldi e no Museu Nacional do Rio de Janeiro
One of the highlights of her scientific work was her catalog of Amazonian birds, published in 1914
Another was her travels by foot through the unknown regions between the Xingu and Tapajós rivers in 1909, accompanied solely by Indian guides
Summary
Chegando a Belém do Pará em 1905, aos 37 anos, a doutora Snethlage deu início a sua carreira profissional como ornitóloga, campo no qual deixou uma contribuição expressiva para a ciência brasileira.. A produção científica de Emilia Snethlage permite perceber com clareza uma das características da ciência praticada pelos cientistas estrangeiros nos museus de História Natural no Brasil, no início do século XX, que é a forte inserção na produção científica internacional. Exonerada das suas funções pelo governador Emiliano de Souza Castro, Snethlage permaneceu na chefia da Seção de Zoologia até transferir-se em 1922 para o Museu Nacional do Rio de Janeiro, como naturalista viajante, a convite do paraense Bruno Lobo, então diretor dessa instituição (Cunha, 1989, p.94). A doutora Emilia Snethlage faleceu em Porto Velho no dia 25 de novembro de 1929
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