Abstract

O artigo relata as expedições e a trajetória do acervo de Emil-Heinrich Snethlage (1897-1939). O pesquisador alemão teve a vocação inspirada pela ornitóloga Emilie Snethlage, sua tia, que costumava enviar à família, na Alemanha, cartas nas quais contava suas experiências como pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi. Emil sentiu-se encorajado a viver aventuras como as de sua tia e escolheu a mesma carreira. Sua primeira expedição no Brasil foi realizada como ornitólogo, em estados do Nordeste, para o Museu Field de História Natural (Chicago, Estados Unidos) entre 1923 e 1926. Na segunda, entre 1933 e 1935, viajou como etnólogo para o Museu Etnográfico de Berlim, pelo rio Guaporé, em Rondônia. Apesar de seu acervo ser a fonte mais completa de informações sobre os povos indígenas dessa região no período, as pesquisas que realizou são pouco conhecidas, pois sua morte precoce impediu a publicação de seus estudos. Ele colecionou mais de 2.400 objetos etnográficos, fez escavações arqueológicas, documentou a vida dos povos indígenas em um filme mudo e em fotografias, gravou músicas e escreveu listas de palavras de diversas línguas. Ao final, são publicadas uma lista de palavras indígenas e três cartas inéditas de Curt Nimuendajú, uma para Emilie e as outras para Emil Snethlage.

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