Abstract

Este artigo faz parte de uma pesquisa de doutorado, ainda em andamento, em ciência política no Brasil. O texto explora a emergência do antropoceno como fenômeno ético-político, destacando a transformação da humanidade em uma força geológica e suas implicações políticas e epistemológicas. Abordamos o papel central das juventudes no ativismo climático, como o surgimento de movimentos como End Fossil Occupy, a Greve Climática Estudantil e o Climáximo, em Lisboa, Portugal. Nossa hipótese é que o antropoceno exige um fazer político próprio. Dentro desse cenário, as narrativas das juventudes em Portugal emergem como contribuições significativas para a definição desse novo paradigma político. Portanto, o artigo estrutura-se em quatro partes, além da introdução e das considerações finais. Primeiro, analisamos o conceito de antropoceno, e suas debilidades, e a perspectiva de Latour sobre essa realidade, comumente referida como uma guerra de mundos; depois, abordamos sucintamente o ativismo climático nas últimas décadas; em seguida, apresentamos a metodologia de pesquisa, com base na vivência de campo em Portugal, durante outubro de 2023, que oferece uma perspectiva enriquecedora sobre o envolvimento ativo da juventude portuguesa face à iminente crise climática. Por fim, compartilhamos a experiência de campo e o diálogo estabelecido entre aqueles movimentos de juventude na capital portuguesa. O objetivo é fornecer um panorama da interseção entre o antropoceno, o ativismo climático e as perspectivas das juventudes portuguesas.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call