Abstract
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência das auxinas AIB (ácido indolbutírico) e ANA (ácido naftalenoacético) no enraizamento adventício de miniestacas de clones de Eucalyptus cloeziana. Foram utilizadas miniestacas provenientes de sete clones de Eucalyptus cloeziana, estabelecidos em minijardim clonal, sendo avaliados os efeitos de AIB (0, 1.500, 3.000 e 6.000 mg L-1) na forma líquida e em pó e ANA (0, 3.000 e 6.000 mg L-1) na forma líquida. Os resultados apontaram ser a miniestaquia técnica viável na propagação vegetativa dos clones de Eucalyptus cloeziana estudados, apresentando, de modo geral, alto índice de enraizamento das miniestacas. Os clones com maior potencial de enraizamento adventício responderam mais positivamente às menores dosagens de AIB, enquanto nos clones com capacidade de enraizamento reduzida houve tendência de as maiores dosagens de AIB serem mais eficientes no enraizamento, independentemente da forma de aplicação do fitorregulador (líquido ou pó). O ANA, de modo geral, não influenciou significativamente o enraizamento das miniestacas da maioria dos clones estudados.
Highlights
The present work aimed to evaluate the efficiency of the auxins IBA and NAA on the adventitious rooting of Eucalyptus cloeziana clones
Figura 1 – Sobrevivência das miniestacas na saída da casa de vegetação (SCV), em resposta à aplicação de auxinas sintéticas como o ácido indolbutírico (AIB) (0,1.500, 3.000 e 6.000 mg L-1), nas formas em pó e líquida, nos sete clones de Eucalyptus cloeziana estudados
Figura 2 – Enraizamento das miniestacas na saída da casa de sombra (ECS), em resposta à aplicação de AIB (0,1.500, 3.000 e 6.000 mg L-1), na formas em pó e líquida, nos sete clones de Eucalyptus cloeziana estudados
Summary
A estaquia constitui um marco na evolução da produção de mudas de espécies florestais, principalmente do gênero Eucalyptus, a qual permitiu o crescimento da silvicultura clonal de forma intensiva em diversas partes do mundo. O êxito da miniestaquia na propagação vegetativa de Eucalyptus deve-se, em parte, ao conhecimento do processo de maturação que geralmente afeta as espécies lenhosas, de acordo com o seu desenvolvimento ontogênico (OLIVEIRA, 2003; WENDLING e XAVIER, 2001). Na área de produção de mudas, terem sido desenvolvidas técnicas destinadas à propagação vegetativa de plantas, seu sucesso depende, basicamente, do potencial rizogênico dos propágulos (HARTMANN et al, 2002). De acordo com Wilson (1994), na propagação vegetativa de Eucalyptus por estaquia o ácido indolbutírico (AIB) é a auxina mais comumente utilizada, sendo as dosagens de 6000 a 8.000 mg L-1 as mais indicadas. Entretanto, é considerada, até o momento, uma espécie de difícil propagação vegetativa (ROTUNDO, 1993; ALFENAS et al, 2004) e com carência muito grande de trabalhos que busquem alternativas para solucionar esse problema. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos reguladores de crescimento AIB e ANA no enraizamento adventício de miniestacas de clones de Eucalyptus cloeziana
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