Abstract

Este artigo resulta da experiência como psicóloga residente numa unidade de transplante de medula óssea. O objeto da pesquisa foi a invisibilidade do adoecimento e suas reverberações. Foi realizado um estudo de caso, cujo referencial teórico é o conceito de Dasein, de M. Heidegger. Este se refere à forma como o ser se coloca no mundo, considerando-o sempre numa relação seja com o outro, seja com a própria finitude, a partir da linguagem. Como resultados, observou-se que a invisibilidade produz repercussões não somente para o paciente, mas também para o entorno. Para esses pacientes, muitas vezes, é o transplante que os coloca em uma relação mais direta com a doença, reforçando sua concretude e gravidade. Reconhecer esse fenômeno, portanto, tem efeitos no trabalho clínico, proporcionando um espaço de escuta e uma presença que os auxilia a construir seus próprios modos de lidar com as experiências advindas do tratamento.

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