Abstract

A educação popular é um importante instrumento formador e de luta, que institui processos determinantes para a formação e consolidação da história da educação brasileira. O direito e o acesso à educação pública, gratuita, laica e de qualidade têm raízes nas lutas reivindicatórias das classes populares, que combatem concepções liberais nos diferentes períodos da história. Alternativas de resistência são construídas coletivamente, utilizando estratégias de mobilização nas comunidades para realizar o trabalho de base. Este artigo visa compartilhar ideias das práxis social e coletiva de educação do Movimento Sem Terra (MST). Trata-se de uma experiência de resistência, luta e organização política em defesa da Educação do Campo: professores educadores resistem para significar o campo como lugar de vida, de produção de saberes e conhecimento. A defesa das políticas públicas, em especial da educação pública, gratuita, laica e de qualidade, em conformidade com o princípio de que educação não é mercadoria, luta histórica da classe trabalhadora, é um lema que precisa estar ativo. Requer-se a organização da categoria dos trabalhadores da educação na perspectiva de uma práxis coletiva e de organização social para articulação e construção de outro projeto educacional.

Highlights

  • Popular education is an important instrument which establishes processes for the formation and consolidation of the history of Brazilian education

  • Os estudos da educação popular, da educação socialista e da própria educação do movimento permitem que o Movimento dos Sem Terra (MST) lute por outro tipo de escola, desde a sua arquitetura e concepção, pelo direito de ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, pela criação do espaço da Ciranda Infantil para garantir que as crianças, desde pequenas, estivessem num espaço organizativo e que as mulheres Sem Terra pudessem ter a garantia de que seus

  • Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST)

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Summary

Márcia Mara Ramos

Coletivo Nacional de Educação MST Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. O direito e o acesso à educação pública, gratuita, laica e de qualidade têm raízes nas lutas reivindicatórias das classes populares, que combatem concepções liberais nos diferentes períodos da história. Este artigo visa compartilhar ideias das práxis social e coletiva de educação do Movimento Sem Terra (MST). Trata-se de uma experiência de resistência, luta e organização política em defesa da Educação do Campo: professores educadores resistem para significar o campo como lugar de vida, de produção de saberes e conhecimento. A defesa das políticas públicas, em especial da educação pública, gratuita, laica e de qualidade, em conformidade com o princípio de que educação não é mercadoria, luta histórica da classe trabalhadora, é um lema que precisa estar ativo. Requer-se a organização da categoria dos trabalhadores da educação na perspectiva de uma práxis coletiva e de organização social para articulação e construção de outro projeto educacional. Popular education as instrument for resistance and formation in the MST educational project

Moído no engenho de ferro Que traz no gosto da rapadura
Resistência e coletividade em movimento
Práticas de resistência coletiva
Considerações finais
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