Abstract

Este artigo problematiza o tema Educação, condição humana e liberdade no pensamento freireano. A exposição privilegia a alegoria da viagem e da imagem de leitura de excertos da obra de Paulo Freire. Levanta-se a hipótese da existência de uma ontologia – visão de ser humano – na obra do autor, necessária para o projeto de mundo, presente na concepção de Educação como prática da liberdade. Ao apresentar a contribuição da dinâmica de investigação dos temas geradores, sustenta que o modo de fazer educação, representado pela Pedagogia do oprimido, configura-se como Ação cultural para a liberdade. Tal ação cultural diz respeito à prática educativa dialógica, problematizadora, amorosa e corajosa o suficiente para levar os seres humanos – educadores (as) e educandas (os) – a refletirem sobre o seu mundo. A educação representa a possibilidade de humanização dos seres humanos, na conceituação de ontologia como ser mais. Argumenta-se, por um lado, que a teorização do humano em Freire apresenta-se como contribuição para organização das práticas educativas em diferentes cenários, da escola aos movimentos sociais. Por outro, respeita à produção do conhecimento educacional em uma perspectiva crítica, no âmbito da ação e da formação de professoras e professores. O empreendimento freireano pretende endereçar os seres humanos ao mundo para, juntos, dialogarem sobre suas situações-limite e sobre a boniteza de o lerem para dizer a sua palavra. O leitmotiv – o fio condutor e a razão de ser – da teorização freirena não é somente a educação, mas o amor radical aos seres humanos, ao mundo e à própria vida.

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