Abstract
DOI: http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2016v15nesp1p104A perspectiva de ecologização da produção na agricultura familiar vem ganhando importância nas últimas décadas. Por meio do resgate de práticas de produção artesanais e de conhecimentos tradicionais, ressignificados sob a ótica da ecologização, os produtos diferenciados oriundos da agricultura familiar têm adquirido espaço e conquistado consumidores. Este artigo procura refletir sobre o processo de transição para a agricultura agroecológica entre os agricultores familiares e assentados da região Central do RS e sobre as experiências das feiras coloniais e agroecológicas como espaços sociais onde ocorrem transações sociais de produtos e signos culturais entre produtores e consumidores. As feiras aparecem como espaços de realização dos produtores e dos produtos agroecológicos e coloniais. Nelas, os agricultores se realizam como sujeitos e são reconhecidos como tais pela comunidade, e os alimentos e produtos chegam ao seu destino final: a compra e o consumo consciente.
Highlights
A perspectiva de ecologização da produção na agricultura familiar vem ganhando importância nas últimas décadas
Ao se tratar do tema da ecologização da agricultura familiar ou dos produtos diferenciados, como os produtos coloniais, algumas das questões que logo emergem dizem respeito às di culdades de comercialização destes e a “elitização” de seu consumo, seja pela rápida suposição de que somente uma “elite” poderia pagar pelos mesmos, seja pelas di culdades proeminentes dos produtores acessarem ou criarem canais de comercialização para produtos diferenciados, visto que eles necessitam de cuidados especiais, certi cação da garantia de sua qualidade e canais próprios para chegar ao consumidor
Compreende-se por modernidade o “estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua in uência”
Summary
A ecologização da produção na agricultura familiar tem se tornado um tema importante nas últimas décadas. Ao se tratar do tema da ecologização da agricultura familiar ou dos produtos diferenciados, como os produtos coloniais (caseiros, artesanais, da colônia), algumas das questões que logo emergem dizem respeito às di culdades de comercialização destes e a “elitização” de seu consumo, seja pela rápida suposição de que somente uma “elite” poderia pagar pelos mesmos, seja pelas di culdades proeminentes dos produtores acessarem ou criarem canais de comercialização para produtos diferenciados, visto que eles necessitam de cuidados especiais, certi cação da garantia de sua qualidade e canais próprios para chegar ao consumidor. O presente texto busca re etir sobre o processo de transição para a agricultura agroecológica entre os agricultores familiares e assentados da região Central do RS e sobre as experiências das feiras coloniais e agroecológicas como espaços sociais onde ocorrem transações sociais de produtos e signos culturais entre produtores e consumidores. Com relação a estes últimos, também se fez visitas nas suas propriedades
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