Abstract

Esse breve artigo tenciona apresentar em linhas gerais o tema da cosmopolítica a partir de diferentes autores que o têm trabalhado recentemente. A cosmopolítica retoma criticamente um termo que se liga à ideia de cosmopolitismo, uma vez que seu objetivo não é pensar todos os humanos como iguais cidadãos de uma grande polis projetada em todo o mundo, mas pensar exatamente sobre os outros-humanos (e outros não-humanos) que vivem para além do mundo único no interior dos muros da polis; e cujas práticas se encontram, portanto, para além da política ⏤ como modo de ação e organização coletiva de iguais cidadãos de uma polis, enquanto unidade política. O que é fazer política com o extra-político (a dita natureza do lado de fora da cidade) e o extra-mundano (aquilo que nossa noção de mundo euro-moderna-ocidental não pode conceber como um agente)? Outras formas de vida, práticas sociais e ontologias carregam consigo implicações políticas que precisam ser levadas em consideração. A discussão cosmopolítica pretende, de forma tentativa, abrir esse rico campo de conflitos e negociações. Se esse breve texto obtiver sucesso, verificaremos ao fim que há diversos matizes e ‘sabores’ de práticas e teorias na paisagem cosmopolítica que se começa a desenhar.

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