Abstract

Neste ensaio, propõe-se uma leitura do poema “A máquina do mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, em diálogo com a obra Maquinação do mundo: Drummond e a mineração (2018), de José Miguel Wisnik, discutindo as relações do eu lírico com a memória da infância, a paisagem, a história, atravessadas pelos efeitos da mineração, que podem ser lidos hoje pelo olhar da ecocrítica. A leitura defende a contribuição de Drummond para uma possiblidade, nos dias de hoje, de apreciação de textos sobre a degradação da natureza em função da ideia de progresso, por um viés crítico de observação de imagens relacionadas às demandas ecológicas já sinalizadas no século XX pelo poeta em diversos textos de sua autoria, colocando em cena imagens poéticas em torno de uma denúncia, acima de tudo, destacando o que se pode observar como, ainda que sem a intenção intervencionista, contribuinte para a leitura de uma posição ecocrítica.

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