Abstract

Nossa historiografia tem dado pouca atenção para os processos de expansão urbana de extensão das cidades na décadas de 1920 e 1930 por meio de planos feitos por profissionais nao indentificados como urbanistas, mas influenciados de alguma forma por diretrizes do urbanismo moderno. O presente texto pretende contribuir para este debate por meio da análise das intervenções urbanas realizadas na cidade de Recife durante o período 1922-1926. Elaboradas e realizadas quando o Estado de Pernambuco estava sob o governo de Sérgio Loreto e a prefeitura sob Antonio de Góes, estas intervenções dirigiram o crescimento para os subúrbios, como a urbanização de Campina do Derby, novo parque e bairro com base nos princípios de design da Garden City e a construção da avenida Boa Viagem, uma avenida costeira de cerca de cinco quilômetros, além de uma série de intervenções pontuais de modernização, retificação e pavimentação de antigos largos e praças em áreas suburbanas. Opondo-se aos padrões tipológicos das áreas centrais, adotou-se uma ocupação de casas isoladas no lote e um desenho urbano moderno. Esses trabalhos de expansão contribuíram para a estrutura urbana do Recife atual. Estas áreas também se tornaram um lugar privilegiado para observar sensibilidades modernas emergentes: esportes, competições, discursos, demonstrações de massa, passeios de carro e desfiles.

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