Abstract
In face of construction of rural development patterns, intentional projects, plans and programs are put into practice by certain social actors responsible for mediating between the local and technical-scientific knowledge. The formation of these actors has been organized linked to a reallocation of political and moral principles, which make the term mediation miss the allusion to dialectical social processes; it highlights mechanistic aspects instead. Thus, there are efforts in thinking about social change among farmers and about proposals for an alternative agriculture, less subordinated to the market and less dependent on technological packages. This requires changes in way of thinking of the researchers, development agencies and farmers. In light of a recent theoretical debate, this article presents some consistencies and inconsistencies identified in social mediation process involving farmers and technicians, showing the possibility of analyzing interface situations as a way to avoid simplifications in understanding the process.
Highlights
Os significados do termo desenvolvimento ou, especificamente, desenvolvimento rural, de maneira geral, podem ser desdobráveis de modo infindo
Como o comportamento dos grupos inseridos em esferas de discussões “para o desenvolvimento” é sempre o resultado de uma pré-compreensão simbólica do mundo social, todos os atos de conhecimento pressupõem, necessariamente, mediações, ao mesmo tempo constitutivas da construção e da reconstrução da vida social
P. O desenvolvimento de uma outra agricultura: o papel dos mediadores sociais
Summary
Como o comportamento dos grupos inseridos em esferas de discussões “para o desenvolvimento” é sempre o resultado de uma pré-compreensão simbólica do mundo social, todos os atos de conhecimento pressupõem, necessariamente, mediações, ao mesmo tempo constitutivas da construção e da reconstrução da vida social. Não nos enganemos: os agentes de desenvolvimento, como os que os empregam, não são necessariamente conscientes deste papel de mediador, na medida em que é precisamente o seu papel de porta-voz que sempre é posto em evidência e tanto mais que este papel sempre é definido e legitimado por uma “competência técnica” (no campo do saber técnico-científico). Pode ser utilizada em documentos escritos próprios do projeto, reuniões da organização do mesmo, sessões de formação dos seus agentes entre outras, além de ser útil na comunicação com a linguagem local, o que também pode ser verificado quando o projeto em questão assume uma roupagem “participativa” perante aos atores locais. Este é um processo de mediação que emerge do reconhecimento do saber-fazer dos agricultores, mas também no estabelecimento de dinâmicas que favoreçama troca de conhecimentos com os atores e organizações encarregadas da produção especializada de conhecimentos técnico-científicos
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