Abstract
A transposição de textos literários para as mais variadas formas de mídia, com destaque para o cinema, apresenta-se como um processo dinâmico e, essencialmente, intertextual. Com a ascensão da prática adaptativa, difundida no Ocidente especialmente pela Era de Ouro do cinema hollywoodiano, o teórico Roman Jakobson, na década de 1960, torna-se o responsável por introduzir o conceito de “Tradução Intersemiótica” para descrever o processo de transcodificação entre sistemas semióticos diferentes, como da linguagem verbal para a linguagem visual – por exemplo, de um poema para um filme. Com isso, tendo em vista a adaptação como uma (re)textualização criativa entre meios distintos de expressão artística, este artigo tem como objetivo realizar uma revisão crítica de estudos considerados fundamentais no campo da Intersemiose (PLAZA, 2010) e da Teoria da Adaptação (XAVIER, 2003; SANDERS, 2006; HUTCHEON, 2013), explorando suas implicações na interação entre a literatura e o cinema.
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