Abstract

Retomando, em alguns casos, as técnicas de construção características do romance post-modernista – principalmente no que diz respeito à sua variante celebratória – a ficção portuguesa escrita e publicada depois do ano 2000 conjuga o recurso a diversas práticas intertextuais e/ou interartísticas com a tendência para temáticas profundamente violentas, pondo em cena personagens diversamente desequilibradas, (quase) patologicamente anormais, na linha do que lemos no prólogo da 2.ª edição de O Barão de Lavos (1898) de Abel Botelho. Propomo-nos, por conseguinte, partindo de um conjunto signifi cativo de romances, de autores como Valter Hugo Mãe, Afonso Cruz, Luís Carmelo ou Pedro Marta Santos, identifi car e ilustrar os procedimentos que oferecem a oportunidade para propor um novo subgénero – o romance intermedial – e, em concomitância, aqueles que são usados no desenho desta importante categoria narrativa.

Highlights

  • With its occasional use of the formal techniques that characterize the postmodern novel – of the celebratory kind in particular, Portuguese fiction written and published since 2000 combines the use of various intertextual and/or interartistic practices with a propensity for profoundly violent themes, featuring unbalanced, pathological characters such as can be found in the second edition of Abel Botelho’s O Barão de Lavos (1898)

  • A primeira, moderada, em que se mantém uma certa ligação ao real, apesar de evidentes subversões, relativas, por exemplo, aocumprimento de padrões genológicos ou à obediência às categorias da narrativa; a segunda, celebratória, mais criativa e esfusiante, se não delirante, em alguns casos, intensifica, pois, em número e em variedade as dimensões entrópicas desta arte de escrever,[1] sem porém, sublinhamos, perder os laços a uma certa

  • A primeira, moderada, em que se mantém uma certa ligação ao real, apesar de evidentes subversões (paródicas ou não), relativas, por exemplo, ao (in)cumprimento de padrões genológicos ou à (des) obediência às categorias da narrativa; a segunda, celebratória, mais criativa e esfusiante, se não delirante, em alguns casos, intensifica, pois, em número e em variedade as dimensões entrópicas desta arte de escrever,[1] sem porém, sublinhamos, perder os laços a uma certa

Read more

Summary

Introduction

With its occasional use of the formal techniques that characterize the postmodern novel – of the celebratory kind in particular –, Portuguese fiction written and published since 2000 combines the use of various intertextual and/or interartistic practices with a propensity for profoundly violent themes, featuring unbalanced, (quasi) pathological characters such as can be found in the second edition of Abel Botelho’s O Barão de Lavos (1898).

Results
Conclusion
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call