Abstract

Muito já se escreveu sobre as origens da controvérsia donatista como uma memória reconstruída em contextos posteriores ou, ao contrário, como um conjunto de fatos, que embora obscuros, poderiam ser reconstituídos pela crítica documental. Pouco se considera, porém, as ambiguidades que já estavam presentes desde o início nas percepções dos cristãos africanos e que contribuíram para a construção dessas memórias divergentes. O objetivo deste artigo é avaliar os diferentes usos que os rumores, os boatos e as conversas informais tiveram na eclosão da controvérsia donatista e entender o processo que elevou essas histórias de estatuto ainda incerto à condição de crenças que justificavam e delimitavam as fronteiras identitárias entre os cristãos africanos.

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