Abstract
Diante dos avanços conseguidos pela atuação dos estudos e movimentos feministas e pelos estudos de gênero, deslocaram-se alguns entendimentos conservadores sobre ser mulher que possibilitaram a desconstrução de ideias limitantes em relação às subjetividades femininas. Na contemporaneidade constantemente se vê em pauta discussões sobre direitos das mulheres, desconstrução de estereótipos de gênero, luta por equidade de gênero. Assim, é fundamental que novos entendimentos sobre feminilidades ocupem espaços nos currículos escolares visando a uma educação para a equidade de gênero desde a infância. Deste modo, este artigo objetiva problematizar a permanência de padrões sexistas na instituição escolar e o papel da educação formal na desconstrução dos mesmos, possibilitando aos sujeitos novos entendimentos sobre subjetividades femininas e modos de ser mulher que não se limitem aos estereótipos tradicionais. Como forma de compreender a construção de sentidos e significados utilizou-se a Análise de Discurso. Preliminarmente, foram identificados discursos progressistas e conservadores, em relação ao debate de gênero e as questões das mulheres, coexistindo e disputando espaço no ambiente escolar. Ao mesmo tempo, observou-se o potencial de tais discursos no fomento de subjetividades desde a mais tenra idade. Os resultados encontrados evidenciaram, grosso modo: a necessidade de melhorar a formação docente em temas como diversidade e gênero; a falta de preparo de diversos sujeitos do ambiente escolar para lidar com questões de gênero; a importância de debates sobre gênero e feminilidades no espaço escolar como forma de contribuir com a formação cidadã de crianças, das famílias e dos sujeitos que trabalham no ambiente escolar.
Highlights
In the face of the advances achieved by the feminist movements and the gender and sexuality studies, some understandings about being a woman have been moved, which it has enabled the deconstruction of limiting ideas in relation to feminine subjectivities
It is desirable that new understandings on femininities should be on the agenda of gender equity education from childhood
This article aims to problematize the persistence of sexist patterns in the school and the role of formal education in the deconstruction of them; by offering new understandings about feminine subjectivities and ways of being woman that are still limited to traditional stereotypes
Summary
Durante a infância surgem os primeiros questionamentos sobre gênero, sexualidade e os modos de cada um/a ser e estar no mundo. Fischer (2002), define a subjetivação como sendo complexos processos de veiculação e de produção de significações, de sentidos, os quais, por sua vez, estão relacionados aos modos de ser, de pensar, de conhecer o mundo, de se relacionar com a vida, que permitirão aos sujeitos construírem-se. Acredita-se que é preciso perscrutar como a escola produz significados sobre gênero junto às crianças, visto que em vários espaços pelos quais transitam, os sujeitos apreendem o que é o feminino, ou o masculino, de forma rígida através de preceitos historicamente imbuídos de aspectos machistas e sexistas, incidindo sobre a construção das identidades de gênero e sendo repassados como valores pela educação familiar e/ou escolar. Sendo a escola um espaço para construção social e pessoal, é preciso formar para a equalização das relações de gênero desde a infância, assim como para o entendimento de que há diversas possibilidades de se performar o gênero, se construir, ser/estar/atuar na sociedade
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