Abstract
A busca de métodos que possibilitam a determinação do teor de matéria orgânica (MO) do solo e que não geram resíduos danosos ao ambiente é importante. A oxidação da MO com dicromato é amplamente utilizada no Brasil, gerando resíduos laboratoriais que contêm Cr. Este trabalho teve por objetivo avaliar o método da perda de massa por ignição (PMI), em comparação ao método da combustão úmida usando a solução sulfocrômica, utilizado na Rede Oficial de Laboratórios de Análise de Solo e de Tecido Vegetal dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (ROLAS). Os resultados obtidos com a PMI também foram comparados com os do método-padrão de Walkley-Black, que também emprega o dicromato. Foram utilizados os resultados de amostras de solo de 19 unidades de mapeamento do Rio Grande do Sul (RS) e de 49 amostras da Depressão Central deste Estado. As 19 amostras incluíram: Vertissolo (1), Gleissolos (2), Argissolos (6), Luvissolo (1), Neossolo (1), Latossolos (3), Plintossolo (1), Planossolo (1), Alissolo (1), Nitossolo (1) e Chernossolo (1). As amostras da Depressão Central foram obtidas no Laboratório de Solos da Universidade Federal de Santa Maria. Os teores de MO determinados com a PMI foram, em média, 22 a 94 % maiores que os da solução sulfocrômica e 27 a 46 % maiores que os obtidos com o Walkley-Black, nas amostras da Depressão Central e nas unidades de mapeamento do RS, respectivamente. Houve correlação significativa entre a PMI e os métodos com dicromato. Os resultados indicam que o método PMI pode ser usado na análise do teor de MO do solo em substituição aos que empregam o dicromato. Para isso, equações que possibilitam calcular o teor de MO usando a PMI devem ser desenvolvidas para a maioria das classes de solos do RS.
Highlights
Níveis de significância da análise da variância (Modelo) e dos testes do coeficiente angular (b) e de falta de ajuste dos modelos ajustados com os teores de matéria orgânica (MO), obtidos com os métodos Walkley-Black (WB), perda de massa por ignição (PMI) e solução sulfocrômica (ROLAS), em amostras de solos do Rio Grande do Sul
Entretanto, com o primeiro conjunto de amostras ocorreu o contrário, ou seja, os valores máximo, da média e da mediana dos teores de MO obtidos com esse último método foram maiores do que os da solução sulfocrômica (Quadro 3)
The LOI method was significantly correlated with the dichromate methodologies
Summary
No primeiro conjunto foram incluídas 19 amostras, coletadas na profundidade de 0–10 cm, representando diversas unidades de mapeamento do Estado do Rio Grande do Sul (Quadro 1). Posteriormente, esses resultados foram reunidos com os obtidos em 49 amostras de solos da Região Fisiográfica da Depressão Central do RS, as quais foram analisadas por Escosteguy et al (2002), com o propósito de melhor representar os solos desse Estado. Esse conjunto de dados foi submetido à análise de regressão, para, novamente, correlacionar os resultados obtidos pelo método PMI com os dos métodos que utilizam o dicromato. Após a pesagem das latas (tara), pesaram-se as amostras de solo (1,5 cm). Classificação taxonômica e teores de argila e de carbono orgânico (C) das amostras de solos das diversas unidades de mapeamento do Rio Grande do Sul
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