Abstract
Neste artigo avaliamos as violações de direitos humanos ocorridas no estado de Rondônia relatadas nas publicações da Comissão Pastoral da Terra, denominadas de “Conflitos no Campo”, no período entre 2011 a 2020. Nossa análise, com método qualitativo, das publicações nos conduziu a refletir sobre três pontos: (1) o contexto global das expulsões e a nova desigualdade em Rondônia; (2) os assassinatos, a violência e a expansão do conflito pelo território e (3) a criminalização dos movimentos sociais e a violência simbólica. Em conclusão, visualizamos que na última década ocorreu o acirramento da luta pela terra evidenciado, entre outros fatores, pelas ameaças de morte e assassinatos que se espalharam pelas regiões rondonienses. O estado de Rondônia intensifica as desigualdades ao não garantir que os indivíduos possam vivenciar as suas escolhas fora das relações sociais hegemônicas e violentas. Essa situação revela uma letalidade que abala a própria democracia do estado.
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