Abstract

A cidade e o urbano, pensados, vivenciados e experienciados como lugares-tempos expandidos e instáveis, apresentam-se como uma tessitura física, social, econômica, política e cultural fragmentária, mas que ostenta a indiscutível densidade e vive em turbulenta e constante metamorfose (Crang e Thrift, 2000). O artigo se propõe analisar as interações com o espaço urbano e seus processos de expansão nas grandes cidades brasileiras. Busca-se discutir as representações da cultura urbana, pensando-se nas relações com as alegres ruas do Centro da modernizada cidade brasileira das décadas de 40, 50, 60, 70 do século xx. Refl ete-se também sobre os contatos com a cidade (hiper)contemporânea – multifacetada, dispersa, desigual, contraditória. Explanam-se leituras da cidade de Porto Alegre atual, por intermédio, sobretudo, das reconfi gurações dos espaços urbanos, pensando-se, inclusive, na presença da favela, Outro tomado como símbolo da desigualdade brasileira. Observam-se as representações da violência, do anonimato, da estratifi cação social, aspectos que comparecem nas narrativas “Verão” e “A aventura prático-intelectual do Sr. Alexandre Costa”, produções integrantes da antologia Os lados do círculo (2005), de Amílcar Bettega Barbosa. Ambos os contos tematizam a violência urbana hipercontemporânea: o homicídio de pessoas moradoras de rua por um serial killer, no texto “A aventura prático-intelectual do Sr. Alexandre Costa” e o assassinato do empresário Wagner Henrique, resultado de embates entre ele e a população da favela da Vila Cruzeiro, na narrativa “Verão”.

Highlights

  • The city and the urban, thought of, lived and experienced as expanded and unstable space-times, show themselves as a fragmentary physical, social, economic, political, and cultural texture, but they flaunt an unarguable density and live in a turbulent and steadfast (Crang e Thrift, 2000)

  • This article aims to analyse the interactions with the urban space

  • It aims to discuss the representations of the urban culture

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Summary

Carlos Augusto Magalhães

A cidade e o urbano, pensados, vivenciados e experienciados como lugares-tempos expandidos e instáveis, apresentam-se como uma tessitura física, social, econômica, política e cultural fragmentária, mas que ostenta a indiscutível densidade e vive em turbulenta e constante metamorfose (Crang e Thrift, 2000). O artigo se propõe analisar as interações com o espaço urbano e seus processos de expansão nas grandes cidades brasileiras. Busca-se discutir as representações da cultura urbana, pensando-se nas relações com as alegres ruas do Centro da modernizada cidade brasileira das décadas de 40, 50, 60, 70 do século xx. Explanam-se leituras da cidade de Porto Alegre atual, por intermédio, sobretudo, das reconfigurações dos espaços urbanos, pensando-se, inclusive, na presença da favela, Outro tomado como símbolo da desigualdade brasileira. Observam-se as representações da violência, do anonimato, da estratificação social, aspectos que comparecem nas narrativas “Verão” e “A aventura prático-intelectual do Sr. Alexandre Costa”, produções integrantes da antologia Os lados do círculo (2005), de Amílcar Bettega Barbosa. Ambos os contos tematizam a violência urbana hipercontemporânea: o homicídio de pessoas moradoras de rua por um serial killer, no texto “A aventura prático-intelectual do Sr. Alexandre. Palavras-chave: violência urbana, exclusão, anonimato, literatura hipercontemporânea, Amílcar Bettega Barbosa

Alberto Bastos do Canto
Amílcar Bettega Barbosa
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