Abstract
O objetivo deste artigo é avaliar se o uso do design thinking em ambientes corporativos contribui para o desenvolvimento das competências necessárias aos profissionais do século XXI. Este artigo pode contribuir para estimular a utilização do design thinking nas organizações. Sua originalidade está no entendimento da perspectiva dos profissionais que atuam diretamente com a abordagem sobre o desenvolvimento das competências profissionais, seja por meio da moderação ou participação nas sessões, seja por meio de ações de educação corporativa que utilizam o design thinking como metodologia ativa de ensino. O estudo envolveu uma revisão de literatura e uma pesquisa de campo. A metodologia geral da pesquisa foi aplicada, exploratória, de campo e com abordagem qualitativa. A coleta de dados envolveu nove entrevistas semiestruturadas, cujo roteiro seguiu as características das entrevistas responsivas (Rubin & Rubin, 2011). A análise dos dados seguiu três critérios de codificação propostos por Saldaña (2013). Os resultados apontaram que o design thinking contribui para o desenvolvimento das competências pessoais e sociais dos profissionais, quando utilizado como metodologia ativa de ensino-aprendizagem nas ações de educação corporativa e na resolução de conflitos, busca de soluções e concepção de novos produtos e serviços. Outras conclusões são que o mindset fixo pode interferir negativamente no desenvolvimento das competências, e a conexão do conteúdo e da abordagem de ensino com o mundo real e prático demonstra ser fundamental para o aprendizado e desenvolvimento dos profissionais.
Highlights
Os impactos trazidos ao trabalho pela Quarta Revolução Industrial (4IR), caracterizada pela internet móvel mais onipresente, sensores menores e mais poderosos, inteligência artificial e machine learning, dentre outras, estão rapidamente influenciando trabalhadores e empresas em todo o mundo, segundo o World Economic Forum (WEF, 2018)
A orientação para as competências demanda das ações de educação e treinamento abordagens interdisciplinares, estilos de aprendizado e ensino interativos, uma combinação entre as aprendizagens formal, informal e não formal, uma vez que a aprendizagem ocorre de variadas formas e em todos os ambientes da organização (EC, 2018; Reisch & Dalmau, 2020), maior participação das partes interessadas, não necessariamente relacionadas à educação, um novo papel do facilitador e novas abordagens de avaliação (EC, 2018)
Pesquisas têm sido empreendidas no sentido de trazer o design thinking para a prática de ensino-aprendizagem, concentrando a instrução no aluno, transformando-o em uma opção de metodologia ativa de ensinoaprendizagem eficaz e amplamente acessível
Summary
Os impactos trazidos ao trabalho pela Quarta Revolução Industrial (4IR), caracterizada pela internet móvel mais onipresente, sensores menores e mais poderosos, inteligência artificial e machine learning, dentre outras, estão rapidamente influenciando trabalhadores e empresas em todo o mundo, segundo o World Economic Forum (WEF, 2018). Esta pesquisa contou com os seguintes objetivos específicos: a) compreender a correlação que o entrevistado faz entre, de um lado, seu autodesenvolvimento e a(s) competência(s) mencionada(s) por ele como necessária(s) aos profissionais que atuam com design thinking, e, de outro, sua participação nas sessões e/ou processos de design thinking; b) compreender a correlação que o entrevistado faz entre os resultados da metodologia de ensino-aprendizagem tradicional e a abordagem de ensino-aprendizagem design thinking, segundo sua experiência pessoal; c) compreender se, na opinião pessoal do entrevistado, fatores como o mindset individual ou mindset organizacional podem interferir no desenvolvimento de competências, tais como: pensamento crítico, empatia, comunicação, colaboração, criatividade e inovação
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