Abstract

O presente estudo objetivou verificar a existência de um padrão do desenvolvimento pós-seminal em Poaceae. Para tanto, foram estudadas as seguintes espécies: Olyra humilis Nees (Bambusoideae); Axonopus aureus P. Beauv. e Paspalum polyphyllum Nees ex Trin. (Panicoideae); Chloris elata Nees e Eragrostis solida Desv. (Chloridoideae). Procurou-se também comparar as estruturas da plântula de Poaceae com as demais monocotiledôneas. As espécies estudadas são plantas perenes, rizomatosas, cespitosas e apresentam cariopses de tamanhos diferentes. Apresentam sementes albuminosas; embrião lateral, diferenciado, com raiz endógena (adventícia); cotilédone dividido em hiperfilo (escutelo), bainha reduzida e hipofilo (coleóptilo); coleorriza (raiz primária reduzida) e mesocótilo (eixo localizado entre o escutelo e coleóptilo). A presença de epiblasto (folha embrionária) foi observada em Olyra humilis, Chloris elata e Eragrostis solida. O desenvolvimento pós-seminal é semelhante nas espécies estudadas e forma um padrão em Poaceae. Primeiramente, observa-se a emissão da coleorriza, que cresce no sentido geotrópico positivo, seguida do coleóptilo e plúmula que crescem em sentido contrário, a partir do desenvolvimento do mesocótilo. As primeiras folhas são semelhantes às folhas definitivas (metafilos) das espécies, exceto em Olyra humilis, que são modificadas em catafilos e podem ser interpretadas como caráter basal em Bambusoideae. Raiz primária reduzida (coleorriza) e hipofilo modificado em coleóptilo são considerados caracteres derivados em Poaceae, quando comparados com as demais monocotiledôneas.

Highlights

  • ABSTRACT – (Post-seminal development of Poaceae species (Poales))

  • Estudos realizados por Reeder (1957; 1962) com embrião de Poaceae, voltados à sistemática, utilizaram presença ou ausência de fenda no escutelo, presença ou ausência de epiblasto, vascularização e sobreposição ou encontro das margens da primeira folha plumular como caracteres importantes no agrupamento natural dos gêneros da família

  • A diferença no tamanho das sementes de Olyra humilis (Bambusoideae), que é maior do que as sementes de Axonopus aureus, Paspalum polyphyllum (Panicoideae), Chloris elata e Eragrostis solida (Chloridoideae), pode ser explicada porque Olyra humilis é a única espécie, dentre as estudadas, que habita regiões florestais (Oliveira & Longhi-Wagner 2001)

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Summary

Material e métodos

Exemplares das espécies estudadas foram coletados, herborizados e incluídos no herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ICN) e no Herbário Rioclarense (HRCB), sob os números: Bambusoideae - Olyreae: Olyra humilis Nees BRASIL. Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 25/IX/2004, Longhi-Wagner 9258 (ICN). Rio Grande do Sul: Sapiranga, 25/IX/2004, Longhi-Wagner 9259 (ICN). Os representantes dessa espécie ocorrem em áreas campo limpo (Valls et al 2001). Seus representantes ocorrem em campos altos, várzeas e áreas antropizadas (Oliveira & Valls 2001). Chloridoideae - Cynodonteae: Chloris elata Nees BRASIL. Ocorrendo nos campos altos e secos, além de serem comuns em beiras de estradas (Longhi-Wagner 2001). A espécie ocorre em áreas de cerrado, campo graminoso ou arbustivo e raramente em locais alterados (Boechat et al 2001)

Descrição das espécies
Referências bibliográficas
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