Abstract

O paradigma avaliativo historicamente utilizado e aprimorado pela CAPES tem caráter preponderantemente quantitativo e uniformizador, o que gera uma lógica mercadológica tanto às Instituições de Ensino Superior - IES, que competem por alunos mediante uma produção científica cada vez maior e mais padronizada, quanto aos estudantes, que escolherão o programa a cursar comparando suas notas como se comparassem as marcas de qualquer produto. O modelo multidimensional que será implementado para o próximo ciclo avaliativo traz novo paradigma, que muito se afina com a complexidade trabalhada por Edgar Morin como “a via” para um futuro não destrutivo da humanidade, valorizando a diversidade dos programas, indicadores qualitativos em todos os quesitos, o conhecimento não fragmentado, contextualizado, inter e transdisciplinar, e de efetiva contribuição para transformações sociais regionais e globais. Se o conhecimento científico continuar na toada produtivista atual, não apenas no sentido quantitativo, como no determinista do formato, poderá contribuir para a construção de pensamentos complexos, criativos e capazes de iniciarem uma mudança de via que, talvez, permita à humanidade não sucumbir definitivamente? As pós-graduações em Direito, em razão de suas características e desenvolvimento atuais, poderão melhorar em vários aspectos com esse novo modelo multidimensional.

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