Abstract
No blend, acontece a fusão de termos e o apagamento de parte das bases envolvidas, como no português: portunhol < português + espanhol (GONÇALVES, 2003) e na língua turca de sinais: VIZINHO < CASA + PERTO (MAKARO?LU, 2021). Semelhante ao blend tem-se a composição, na qual palavras/sinais são concatenados sem que ocorra apagamento. O presente trabalho objetiva descrever e categorizar a produção de blends na Libras e diferenciá-los dos compostos dessa língua. O corpus foi formado pela busca de sinais da letra A de Capovilla et al. (2017), no qual coletamos sinais formados por duas ou mais partes. Encontramos 139 formações nas quais o blend se dá: (i) pela fusão de segmentos de sinais distintos em que cada mão realiza parte de um sinal; (ii) entre segmentos distintos no qual a configuração de mão de um sinal é mantida e o movimento é proveniente de outro sinal; (iii) com a locação do sinal possuindo valor semântico e parte de outro sinal; (iv) entre inicialização e um sinal já estabelecido; (v) com um sinal em que o movimento adquire uma direcionalidade oposta durante sua realização; (vi) com um gesto e uma configuração de mão do alfabeto ou de numeral; e, (vii) entre sinal já estabelecido e expressões não manuais de outro sinal ou que remete a sentimentos. Essa gama de formações nos mostra que a Libras apresenta todos tipos de blends já aventados nas línguas de sinais e a análise do nosso corpus nos possibilitou identificar mais um tipo, o (vii).
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