Abstract
Neste trabalho exponho algumas das conclusões acerca do "feminismo de Estado" em Portugal, tema pouco estudado no país e objeto central da minha investigação de doutoramento em Sociologia do Estado, Direito e Administração (FEUC/CES). Na pesquisa interroguei a ação do Estado português na promoção da igualdade de mulheres e homens desde 1970, concretamente o papel que a atualmente designada Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) como mecanismo oficial para a igualdade tem vindo a desempenhar em articulação com os movimentos de mulheres na promoção de políticas públicas de igualdade. Explicito, aqui, os principais desafios com que se confrontam a Comissão e as associações de mulheres, designadamente, o do mainstreaming de género, da politicização da área, da nova gestão pública, da adoção da linguagem de "género", da alteração da relação com as ONGs e da inclusão de novos representantes e novos eixos de desigualdade.
Highlights
Resumo: Neste trabalho exponho algumas das conclusões acerca do “feminismo de Estado” em Portugal, tema pouco estudado no país e objeto central da minha investigação de doutoramento em Sociologia do Estado, Direito e Administração (FEUC/CES)
É sobre esta última fase ou tipo de feminismo de Estado desafiado (2002-2007) que me concentrarei aqui, uma vez que nela se expressam com especial impacto as tendências e os desafios que se colocam não só para a Comissão, mas também para as políticas de igualdade e para as associações de mulheres em Portugal
Todas as pessoas que entrevistei, à exceção dos dois responsáveis políticos pela transformação, que argumentaram com o facto de a “igualdade de género” ser transversal a todas as outras, foram desfavoráveis à forma como a lógica diversidade foi incluída nas reestruturações da Comissão de 2007
Summary
Desafios e tendências das políticas de igualdade de mulheres e homens em Portugal. Resumo: Neste trabalho exponho algumas das conclusões acerca do “feminismo de Estado” em Portugal, tema pouco estudado no país e objeto central da minha investigação de doutoramento em Sociologia do Estado, Direito e Administração (FEUC/CES). Na pesquisa interroguei a ação do Estado português na promoção da igualdade de mulheres e homens desde 1970, concretamente o papel que a atualmente designada Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) como mecanismo oficial para a igualdade tem vindo a desempenhar em articulação com os movimentos de mulheres na promoção de políticas públicas de igualdade. Na pesquisa interroguei a ação do Estado português na promoção da igualdade de mulheres e homens desde 1970, concretamente o papel que a atualmente designada Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG, anteriormente CCF, CIDM; doravante designada apenas por Comissão) como mecanismo oficial para a igualdade tem vindo a desempenhar em articulação com os movimentos de mulheres na promoção de políticas públicas de igualdade. Baseando-me no contributo da abordagem do feminismo de Estado, questionei
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