Abstract

Tendo-se recentemente assinalado o centenário do Armistício que pôs termo à Primeira Guerra Mundial, na qual a jovem república portuguesa participa com o entusiasmo heróico e ingénuo próprio da época, o presente artigo pretende apresentar e comentar algumas passagens da obra Memórias da Grande Guerra, de Jaime Cortesão, com particular enfoque no imediato rescaldo que faz da participação portuguesa, teoricamente vitoriosa. Nesta obra, o político, escritor e oficial português, além de passar em revista os momentos mais marcantes da sua desventura por terras da Flandres, enaltecendo em registo grandiloquente o heroísmo do soldado lusitano no terreno, procede igualmente a uma reflexão crítica sobre a forma como as elites políticas tratam os seus cidadãos mais esforçados e como nem sempre a memória oficial faz justiça aos sacrifícios empreendidos.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call