Abstract
Este texto reporta-se à história do feminismo no que concerne aos períodos da ditadura militar (1964-1985): anos de chumbo, transição democrática, retorno à democracia. Apresenta a trajetória do movimento feminista que nessa época se consolida tanto em âmbito organizacional, estatal, como político e que com suas reivindicações próprias representa um dos atores de peso no processo de democratização. Refere-se às trocas de experiências feministas, até mesmo com brasileiras exiladas, que resultaram em contatos com outros movimentos sociais emergentes: mulheres da periferia, negros e homossexuais. Esse direcionamento do movimento feminista definiu suas ações em duas grandes áreas, relacionadas à formulação de políticas sociais e ampliação do debate sobre a democratização: a saúde reprodutiva e a violência contra as mulheres, o que levou o movimento em direção às classes populares, desprovidas de direitos à saúde e de direitos à assistência contra os danos da violência. Nomeia ganhos não desprezíveis para as mulheres e a democracia brasileiras como resultado da resistência ao autoritarismo dos anos da ditadura militar, dos diálogos internacionais e com outros movimentos sociais.
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