Abstract
O intuito do presente artigo consiste em analisar e elucidar algumas das principais características que delineiam o método dialético apresentado por Marx em sua obra principal, O Capital. Através de um dos problemas metodológicos principais apontados por Marx – a transição do abstrato ao concreto – busca-se identificar outros ângulos insuspeitos ignorados pela crítica marxista em geral. A avaliação da relação abstrato-concreto será realizada através de um paralelo para com o idealismo hegeliano, principalmente a sua lógica. A partir de tal postura, almeja-se compreender as transições entre essência e aparência, assim como os níveis lógicos de possibilidade constuídos em conjunto com estas transições dialéticas. Analisar-se-á a relação entre capital geral e capitais particulares, assim como a forma lucro, de modo a permitir estabelecer, como conclusão, de que forma o conceito dialético de capital alcança um estatuto de autorreflexibilidade próprio ao conceito hegeliano de Espírito.
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