Abstract

Com o desenvolvimento das teorias linguísticas e da própria Lexicografia, várias pesquisas e abordagens diferentes foram propostas para dar conta da produção e da recepção das definições lexicográficas. Nessa pesquisa, tomando como base as discussões sobre a definição no âmbito da Metalexicografia (BOLINGER, [1985] 2008; BUGUEÑO MIRANDA, 2009; PONTES, 2009; PORTO DAPENA, 2002; WELKER, 2004), investigamos os recursos linguísticos empregados nos dicionários escolares tipo 3 para significar os homossexuais masculinos. A partir de um recorte de dados de Santos (2016), analisamos as entradas ‘gay’, ‘homossexual’, ‘maricas’ e ‘pederasta’ dos cinco dicionários selecionados, totalizando uma amostra de vinte verbetes. As definições foram analisadas com base nas categorias de definição propostas por Porto Dapena (2002), e os resultados apresentam a seguinte distribuição: 16 definições relacionais (44,5%), 12 definições hiperonímicas (33,3%), 6 definições sinonímicas (16,7%) e 2 definições pseudoperifrásticas (5,5%). Foi constatada uma tendência, na amostra, à utilização de definições relacionais, destacando o caráter metalinguístico dos dicionários. Outro aspecto relevante diz respeito aos traços semânticos utilizados nas definições que trazem à tona discussões sobre gênero social e sexualidade.

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