Abstract
The postmodernist critique of Objectivism, Realism and Essentialism has somewhat shattered the foundations of anthropology, seriously questioning the legitimacy of studying others. By confronting the critique and turning it into a vital part of the anthropological debate, A Passage to Anthropology provides a rigorous discussion of central theoretical problems in anthropology that will find a readership in the social sciences and the humanities. It makes the case for a renewed and invigorated scholarly anthropology with extensive reference to recent anthropological debates in Europe and the US, as well as to new developments in linguistic theory and, especially, newer American philosophy. Although the style of the work is mainly theoretical, the author illustrates the points by referring to her own fieldwork conducted in Iceland. A Passage to Anthropology will be of interest to students in anthropology, sociology and cultural studies.
Highlights
“Como é que, um dia, um homem terá sido levado a estender-se sobre um divã para contar a sua vida?” No campo da antropologia dita social ou cultural, a questão levantada por Jacques Donzelot (1972: 817) a respeito da psicanálise talvez pudesse ser assim formulada: como é que, um dia, mulheres e homens terão sido levados a abandonar seus lares para passar meses ou anos em condições geralmente inóspitas, insalubres e perturbadoras, com a única finalidade de conhecer as vidas de outros homens e mulheres vivendo em outras sociedades? E que conjunção histórica teria levado essas pessoas, se não a contar “espontaneamente” suas vidas, ao menos a permitir que estranhos nelas se intrometessem?.
A condenação das posições pós-modernas não se dá em função de seu imbricamento com o mundo ocidental contemporâneo (que elas querem fazer parecer necessário e definitivo), mas em nome de dois valores que Hastrup acredita estarem em perigo, “objetividade” e “solidariedade”: A objetividade sem solidariedade tende a desumanizar o campo, enquanto que a solidariedade sem objetividade corre o risco de situar as culturas e a ação individual para além da possibilidade de intervenção corretiva.
Aprendemos aí que, ao longo desses 400 anos, esta “sociedade” esteve como que à beira da desaparição, assolada pela fome e – o que parece mais grave a Hastrup – por uma incapacidade de reagir a essa situação (e é curioso que os efeitos da peste e das catástrofes naturais nesse processo sejam mencionados apenas de passagem, e que o fato de a Islândia ter sido, durante séculos, uma colônia norueguesa e dinamarquesa simplesmente não seja mencionado): Em suma, um dos aspectos mais salientes da sociedade islandesa no período entre 1400 e 1800 era uma incapacidade de cumprir os requisitos implícitos da reprodução social.
Summary
“Como é que, um dia, um homem terá sido levado a estender-se sobre um divã para contar a sua vida?” No campo da antropologia dita social ou cultural, a questão levantada por Jacques Donzelot (1972: 817) a respeito da psicanálise talvez pudesse ser assim formulada: como é que, um dia, mulheres e homens terão sido levados a abandonar seus lares para passar meses ou anos em condições geralmente inóspitas, insalubres e perturbadoras, com a única finalidade de conhecer as vidas de outros homens e mulheres vivendo em outras sociedades? E que conjunção histórica teria levado essas pessoas, se não a contar “espontaneamente” suas vidas, ao menos a permitir que estranhos nelas se intrometessem?.
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.