Abstract
RESUMO Este artigo tem como objetivo refletir sobre os processos de desconstrução historiográfica pelas vias do exame da colaboração dos luso-brasileiros e da ênfase na ação neerlandesa durante a sua ocupação das Capitanias do Norte da América Portuguesa. A construção histórica das denominadas “invasões holandesas” (1624-1654) ocorreu no século XIX devido a Varnhagen, que exaltava a experiência e a capacidade da resistência portuguesa em libertar a colônia do invasor. A crítica anticolonial do século XX construiu caminhos alternativos para pensar tal ocupação. No entanto, a força da tradição historiográfica Oitocentista ficou atestada mediante a dificuldade dos historiadores em ultrapassar a narrativa da invasão, conseguindo, sobretudo, converter o foco da resistência portuguesa em exaltação da resistência luso-brasileira. Apenas em meados do século XX, historiadores desconstruíram a tradição sobre as invasões, investindo no ponto de vista do colaboracionismo e destacando o protagonismo dos colonos.
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