Abstract

RESUMO “Metamorfose” é um termo inerente à realidade colonial, em que os paradigmas e concepções ontológicas e identitárias descortinam uma questão recorrente na literatura africana: Quem sou eu? A partir disso, este artigo objetiva analisar o fenômeno da metamorfose/transmutação como uma das características do texto real-animista, consequência estética advinda da concepção animista de ver o mundo. Para tanto, discutiremos como a presença do imaginário da religiosidade tradicional africana se traduz em recorrentes episódios insólitos - como a transmutação -, através da obra de escritores africanos, como o nigeriano Amós Tutuola, o angolano Décio Bettencourt e o moçambicano Mia Couto. Por fim, veremos que a presença deste fenômeno traduz não só um imaginário mítico, mas os devires homem e nação em sociedades fragmentadas identitariamente pelo colonialismo.

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